Um dos CD’s mais conhecidos do mundo não vem de um artista renomado no mundo da música, mas de um animal que pesa toneladas. Dez milhões de cópias do CD intitulado “Songs of the Humpback Whale” (Canções de uma baleia jubarte) que foram distribuídas pelo mundo em 25 línguas diferentes e que serviu de inspiração para a criação de movimentos visando a proteção de baleias.
Existem onze grupos de baleias jubarte espalhados pelo mundo, cada um preenchendo seu próprio canto do oceano. Para se comunicar, cada um desses grupos utiliza um conjunto de sons bem específico, que é repetido por cada indivíduo do grupo. Porém de tempos em tempos este grupo de baleias vai modificando seus sons, “criando” novos padrões de sons, novas melodias a serem cantadas pelos mares.
Este projeto tem como objetivo desmembrar estas melodias tão dificilmente apreciadas em representações gráficas que permitam a identificação dessa singularidade de cada espécie. A primeira vez que se foi possível traduzir o som das baleias em gráficos foi logo após a Segunda Guerra Mundial, quando Scott McVay e sua mulher pegaram gravações capitadas por uma rede de microfones colocados no fundo do mar com o objetivo de localizar submarinos russos, mas que em vez disso captou o som das baleias jubarte, e o reproduziram em uma impressora de sonogramas.
Alguns anos depois o designer Michael Deal e seu parceiro redesenharam estes símbolos, aplicando cores para facilitar a percepção da repetição de cada som a partir do som de baleias da região de Tortola registrados por Paul Knapp. Em seguida a dupla organizou os símbolos seguindo a canção das baleias em uma timeline, de forma a ser melhor compreendido na linguagem musical. Marcando assim o tempo entre cada som e sequência de sons produzida pelas baleias daquela região. Assista o vídeo!
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