terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Curiosidade: A história das marchinhas de Carnaval

Ilustração: Extraída do livro História da Caricatura no Brasil, por Herman Lima

As marchinhas de Carnaval - com sua mistura de humor, crítica dos costumes e invenção de moda - são testemunhos de outra era que já vai longe. Ouvidas (e lidas) tanto tempo depois, as marchinhas, esse gênero musical que amanheceu a primeira vez em 1899 com o Ó Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, e com o tempo iria angariar a influência do samba e até do jazz nas mãos de gente como Lamartine Babo, João de Barro, Nássara e toda uma plêiade abastecida em Brahmas e quetais, hoje são parte do inconsciente coletivo brasileiro. Mas, como o mundo que um dia as concebeu, estão realmente mortas?
Caricatura cantante

Antes que o politicamente correto desse as caras, as marchinhas faziam troça de gagos e carecas, negros e índios, homossexuais masculinos e femininos. Eram impiedosas, claro, mas acredite: no hard feelings. As ligeiras canções exageravam, mas sempre com muita graça e malícia. Tempos ingênuos? Talvez. Mas com certeza bem mais desencanados e saudáveis.

Não é à toa que Antônio Nássara (1910-1996), coautor da eterna Allah-lá-ô, foi igualmente um dos grandes expoentes da caricatura verde-amarela. Porque a marchinha, afinal de contas, é a versão musical da caricatura. Como sua parente gráfica, ela é debochada, politicamente incorreta, deforma a realidade, critica os costumes e é - digamos - uma arte "ligeira".

Grande arte menor

Num país de proporções continentais, em que o acesso à cultura acontece, na maior parte das vezes, pela mídia da vez (o rádio, a revista, a TV, a web), os gêneros de larga aceitação popular são abraçados por alguns dos maiores talentos de cada geração, que terminam dando um novo status a essa produção.

Levando tudo isso em conta, falar da arte das marchinhas sem mencionar Lamartine Babo (1904-1963) é o equivalente a Picasso sem tinta. Houve outros grandes compositores que também se dedicaram ao sagrado metiê carnavalesco, como Noel Rosa, Ary Barroso e Herivelto Martins.

Ciclo de vida

Era assim todo fim de ano. Compositores, intérpretes e músicos se enfurnavam nos estúdios cariocas de olho em fevereiro. Gravavam, intérpretes e instrumentistas amontoados no mesmo ambiente, um disquinho. O rádio também tinha um papel fundamental no ciclo de vida das marchinhas recém-nascidas. Era da adesão (ou não) dos programas mais ouvidos que as canções ganhavam as ruas. Depois, na data apropriada, eram tocadas nos bailes. E, no caso das que realmente pegavam, eram tocadas no ano seguinte - e continuariam sendo executadas até os dias de hoje.

A partir dos anos 1960, essa produção começou a murchar. Atribui-se ao Carnaval oficial do Rio de Janeiro, o do samba-enredo, e, mais recentemente, ao axé do trios elétricos o papel de coveiro da marchinha. Pode ser. É fato também que há outro mundo lá fora, em que fazer piadinha pode render tiro ou processo. São várias as razões para o gênero definhar. Alguns compositores contemporâneos tentaram revitalizá-lo, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Moraes Moreira. A grande era das marchinhas, porém, pertence ao passado.

Ó meu Brasil

Num tempo como o nosso, ser saudosista - inclusive em relação a um passado que nem sequer conhecemos - parece mesmo ser a regra. Parece de bom tom até. Era mesmo outro o Brasil de ontem? É bem possível. Não importa. Algo permanece, porém, daquele tempo embalado pelas ligeiras canções carnavalescas e seus autores. Brincar e, tão ou mais importante, não levar a sério a própria brincadeira. Essa é a grande lição a ser retomada diariamente. Como diz o escritor Ruy Castro em Carnaval no Fogo, os autores das marchinhas eram 'homens inteligentes e abençoados com uma inesgotável veia melódica e humorística. Graças a eles, o carioca refinou seu jeito de criticar tudo na base da brincadeira - e também de aceitar a crítica". Isso vale para todos nós. No Carnaval ou depois dele.

PARA SABER MAIS
As Marchinhas de Carnaval, Roberto Lapiccirella, Editora Musa
Pedras de Toque da Poesia Brasileira, José Lino Grünewald (org.), Editora Nova Fronteira
Carnaval no Fogo, Ruy Castro, Editora Companhia das Letras
FONTE: Daqui.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Filarmônica Lira Imaculada Conceição é primeiro lugar no Concurso de Marchinhas Carnavalescas

Aconteceu em Caravelas, neste domingo, 12/02, o 2°Concurso de Marchinhas Carnavalescas "Prêmio Zé da Ilha", promovido pela Secretaria de Cultura de Caravelas e a Filarmônica Lira Imaculada Conceição, com o seu Grupo de Marchinhas, formado por  Ditinho no Sax, Vanessa no Vocal, Fabinho no Baixo, Wanderson no Trompete, Dedé na Voz e Violão, Clebinho no Cavaquinho, Léo no Surdo e Kevin na Caixa, ganharam o Primeiro Lugar.
Grupo da FLIC durante apresentações

Além da premiação em dinheiro, o Grupo irá fazer a Abertura do Carnaval Caravelense, que acontece nesta quinta feira, dia 16, no Palco montado na Praça do Fórum.

Abaixo, a letra premiada, que trata da história do Porto de Caravelas. Fundada em 1.503, a cidade tornou-se um importante centro comercial nos séculos XVII e XVIII. Hoje, essa encantadora cidade colonial e suas praias vizinhas são lugares ideais para lazer, aonde convergem muitos turistas para visitar principalmente o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, criado em 1983, foi o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil e está localizado a cerca de 70 km da cidade de Caravelas e além de proteger a região com maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, é conhecido por receber anualmente as exuberantes baleias Jubarte, que aproveitam suas águas quentes e rasas para se acasalar e reproduzir. Além da observação de baleias, a região possui várias opções de mergulho, com recifes de corais imensos e coloridos, cavernas submarinas e uma grande variedade de peixes e outros animais marinhos.

Para saber mais visite aqui e aqui.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

FLIC anima Escola nas ruas da Barra

Como acontece todos os anos a Escola Municipal José Luiz de Souza, antiga "Escola Dep. Afrízio Vieira Lima" levou às ruas o Bloco da Escola e contou com participação de alunos e professores. O grupo de Marchinha da Flic, animou os foliões com marchas de carnaval tornando ainda mais alegre o percurso do evento. vejam a baixo as fotos que marcaram esse momento.
 




 


Concurso de Marchinhas Carnavalescas: A FLIC vai estar lá!

Grupo da FLIC ensaia Marchinhas para o Carnaval






 


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Filarmônica da Barra participa de reunião do Programa REDES

Aconteceu hoje na Câmara de Vereadores de Caravelas mais um encontro do Programa REDES, uma realização da Consultoria Raízes em nome do Instituto Votorantim e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. O Programa tem por objetivo apoiar iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável, apoiando projetos de geração de trabalho e renda, por meio do fomento de cadeias produtivas e qualificação profissional. Hoje a reunião foi voltada para todos os proponentes do programa Redes de Caravelas, para esclarecimento de duvidas e visualização dos projetos que serão propostos. Para saber mais, visite a página do Programa, aqui. Abaixo, algumas imagens do encontro.














FONTE: Do Blog Farol Para Abrolhos, visite aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Curiosidade: máquina de escrever músicas






Quem sabe o que é isso? Pois é uma máquina de escrever para partituras.

A Keaton Music Typewriter foi fabricada pela a empresa Keaton Music Typewriter Company na Califórnia, Estados Unidos, em 1953. Com um teclado redondo, com todos os sinais musicais necessários para a execução de uma obra prima musical, foi idealizada para tornar cômodo e rápido a escrita dos símbolos sonoros. Em 1936, ela possuía 14 teclas para impressão no famoso papel com pentagrama ou pauta, como queira chamar. Em 1953, Keaton atualiza a máquina para sua versão com 33 teclas. A engenhoca facilitou a vida dos professores de música, pois ajudava nas copias de partituras para os alunos.
 
Nos anos 50, a máquina podia ser encontrada em lojas especializadas pelo preço camarada de 225 dólares ou algo em torno disto. Segundo a CBS News hoje esse tipo de máquina é uma raridade, mas ainda é possível encontrar menos de uma dúzia no mundo, uma delas está à venda na ETSY, por R$10,799.14.

Interessante, né?

Imagem da FLIC durante Cortejo de Yemanjá pelo Rio Caravelas

FONTE: Site CaravelasNews

sábado, 4 de fevereiro de 2012

FLIC anima Festa de Nossa Senhora da Purificação na cidade de Prado

No dia 02/02, após animar o Cortejo Maritmo pelo Rio Caravelas em comemoração ao dia de Yemanjá, os membros da Filarmônica Lira Imaculada Conceição embarcaram rumo à cidade do Prado, pois foram convidados para, junto com a FLASB (Filarmônica Lira São Bernardo) de Alcobaça e a Filarmônica Lira Pradense,  animarem a Festa de Nossa Senhora da Purificação, padroeira da cidade de Prado, localizada também no extremo sul baiano.

Conforme conta Benedito Melgaço, Contra Mestre e Secretário de Eventos da FLIC, o encontro foi bastante intenso e o trabalho da FLIC mais uma vez foi reconhecido e bastante elogiado: "Esses momentos de intercâmbio são muito importantes para os jovens da FLIC porque podem exercitar não apenas própria música, mas também lições valiosas através da interação com músicos de outras Filarmônicas".   

Abaixo, algumas imagens da Festa retiradas do Site Cocobongo:




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dia de Yemanjá

Preparação dos integrantes da FLIC para acompanhar o Cortejo Maritmo pelo Rio Caravelas hoje, quando é comemorado o Dia de Yemanjá. Salve a Rainha do Mar!





Para ver mais fotos da Festa, clique aqui.